segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Entendo bem...



... o peso da derrota, a acidez de uma lágrima, o sorriso alheio que não me cabe; a dor de levantar e não saber como se manter de pé. Aprecio a beleza do simples, a complexidade do natural, aquilo que é feio, as vezes me é bonito, e vice-versa. Saver ser aquele ser humano intenso, intrigante, belo; imperfeito, porém profundamente bom naquilo que faz. Sei animar o ambiente, comover quem me ouve, consolar quem procura meu afago. Eu quero o bem, o melhor, o brilho de cada manhã. Me choco constantemente, com a falta de zelo, reconhecimento, estima e consideração da maioria; talvez por me doar muito; e por isso, vivo nesse mundo, me esquivando de todos os percalços que aparecem. Na busca incessante pela calma e pela paz que mereço. Assim sendo, cair é permitido, mas render-se é absolutamente inaceitável. Por fim, sou um ser humano, amo, sofro, reconstruo. E mais ainda, aprendi a aceitar a minha singularidade. Entendo bem;
Entendo bem o que você sente... ~

E eu sou aprendiz...


Segundo Aurélio:
Aprender
01. Ter noção ou conhecimento de; saber. 
02. Ser muito versado em; saber bem. 
03. Ter relações ou convivência com.
05. Reconhecer. 
06. Apreciar, avaliar.
07. Ter experimentado (algo).
08. Ter estado em (certo lugar).
09. Ter grande saber, ou competência. 
10. Ser consciente de si mesmo, dos seus valores e limitações.

Talvez a capacidade de aprender, seja a que primordialmente nos diferencia da grande maioria dos animais. E mais ainda, a capacidade de continuar aprendendo constante e incessantemente durante a vida é o que nos separa definitivamente do restante de todas as outras ‘coisas’.
É baseando-me nos diversos ganchos descritos pelo Aurélio que desenvolvo esse escrito.

APRENDER É...
Ter noção ou conhecimento de que a primeira coisa que se deve saber é que não sabemos tudo e nem nunca saberemos. Ter noção de que o próximo precisa ser respeitado e levado em consideração. Ter noção de que o egoísmo é a principal ‘coisa’ que não leva a nada, a não ser à própria solidão e melancolia. Ter o conhecimento de que nada é em vão, e tudo pode servir de – olha que coincidência – de aprendizado.

ser muito versado em matéria de gratidão, porque quem não é grato pelas lições que vivencia é – honestamente – incapaz de absorver por inteiro o que se pode apreender das coisas que vivemos. Ser muito versado em descobrir novos caminhos e rumos para o mesmo fim. Cada um de nós tem resistências e modos diferentes de enfrentar e sustentar os fardos, e só descobrindo formas alternativas e pessoais para trilhar o aprendizado. Saber bem que é preciso humildade, abaixar a crista é imprescindível para quem quer fazer valer a experiência da vida. É saber bem que nem tudo vem de primeira, e que persistência é pré-requisito.
Aprender é ter relações e convivência com os mais diversos e variados tipos de pessoas. “É tornar menos específico - o tal ‘filtro social’ -, porque ‘nem só de pessoas cordiais e bondosas viverá o homem” – kkkkk – Não entendeu? Explico. É claro que todos nós gostaríamos de viver em harmonia. Mas até com a ‘pior criatura’ devemos estar abertos a absorver conhecimento. Quem não convive não aprende. Ninguém nasceu pra ser só, e nada é possível e pleno em completo isolamento. Portanto, relacione-se. Quase que simultaneamente isso incluirá em sua bagagem, o compartilhamento das bagagens – que é a fonte da sabedoria.
Aprender é reconhecer. Reconhecer os erros, reconhecer os equívocos. Reconhecer a ignorância. Reconhecer os deslizes e desacertos. A partir do momento que nos abrimos ao reconhecimento, nos colocamos a mercê da inteligência e do olhar clínico sobre tudo. Aquele que reconhece, tem a oportunidade de ser consciente em seus passos e decisões; bem como maior chance de ter mais acertos que erros. Sem contar que os reconhecedores não são movidos pelo veneno do orgulho, tão logo aprenderam a se posicionar como detentores de suas rédeas, errantes e não vítimas. Ora! Aprender é se expor! E quem se expõe tem coragem de reconhecer-se e reconhecer o mundo que o cerca.
Aprender também é avaliar o que é oferecido. Não tem jeito, tolo é quem vive achando que a vida não é feita de escolhas e sim de andar trôpego deixando tudo acontecer. Não. Avaliar é estar em estado constante de alerta emocional e racional, ou em simples palavras, estar apto a aprender. Quer aprender? Aprenda primeiro a avaliar. Saia da impulsividade e treine sua mente.
Aprecie! Nada mais delicioso para a alma e para o ego do que apreciar uma vitória – e indiretamente – um aprendizado. Preciso reforçar? Pois bem: quem não sabe apreciar – o que quer que seja – é cego. E não digo que não é possível aprender de alma (olhos) fechada, mas garanto, é imensamente mais complexo.

E por fim, é ser consciente de si mesmo, dos seus valores e limitações.
Aprender é que nem plantio! Palavras e experiências são sementes, o solo é sua vida. Conselhos são fertilizantes, as lágrimas por vezes regam, mas a humildade também serve. Tenha em mente que o solo pode estar seco, cheio de espinhos, e o agricultor é você! 
E não se prenda às ervas daninhas, para os males desse mundo há o perdão. E quando este não resolve, há o livre arbítrio, que lhe permite optar o que se quer em teu arado!

Aprender é...

É entender de uma vez por todas que ninguém é igual a ninguém. Que você não é insubstituível, que as pessoas vão sim magoar-te – mesmo sem querer – e que faz parte do aprendizado cometer umas mancadas. Que você também vai magoar, e que com a mesma força que julgar, será julgado. Aprender é viver. E só vive quem aprende!
Do contrário, se você chegou até aqui em sua vida, e nada aprendeu... Eis aqui o retrato de um zumbi! Ser humano tu não podes ser...

APRENDA! APRENDA A VIVER!